SÍNTESE BIOGRÁFICA

Olá, pra vocês! Eu sou Antonio Demétrio da Silva (42) e já estou concluindo o ensino médio.
Alguém pode pensar: Que negócio é esse de: “já estou concluindo?”. Demorou. Demorou o “cacete”. Façamos uma avaliação de minha vida escolar e profissional.
Pela sábia providência de Deus, quando Ele foi repartir às porções de inteligência eu cortei à fila. Herdei uma das melhores; pena que: nasci preto, pobre e, como se isso fora pouco, durante os primeiros anos da ditadura, e bota dura nisso!

• As leis pátrias atuais sobre o assunto;
• A prisão de um argentino após um jogo de futebol, por chamar o também jogador Grafite de macaco;
• Juntados ao fato de que o STF agora possui um ministro afro-descendente; parecem-nos sinais claros de que somos um País livre do racismo.
• Não obstante, a realidade é outra.

Sou orgulhosamente nordestino rio-norte-grandense — da pacata cidade de Pau dos Ferros — porém, moro em Goiás desde os primeiros raios solares de 1971. Aqui chegamos, provavelmente, nos últimos instantes do mês de dezembro de 1970.
Neste exato momento, eu estou cirurgiado (TVM) e, consequentemente, desempregado… então, sou telespectador assíduo da Rede Globo, TV Senado e de outras emissoras nas horas vagas.
Há poucos dias vi uma excelente entrevista efetuada e levada ao ar pelo pastor Silas Malafaia — com o nobre senador da República Demóstenes Torres (DEM/GO), onde aquele parlamentar disse com todas as letras, que neste País: — “… não existe preconceito contra homossexuais nem contra negros, mas, sim, contra pobres” (paráfrase).

Eu devia estar totalmente não alfabetizado agora…, dependesse da disposição do poder público… que, desde os velhos tempos, tudo faz para que sejamos menos informados possível…, pois, supostamente, quem muito estuda, muito pensa e, grandes pensadores normalmente dão muito trabalho às autoridades incompetentes.
Com sede de aprender, aceitei à fé em Cristo, tornando-me crente nele, às 21h45min do santo dia 20 de agosto de 1976. Era uma bruta sexta-feira. Domingo (22/08/1976), bem cedinho, fui à primeira escola. Trata-se da EBD, cuja lição trouxera o seguinte título: “O DIA MAIS LONGO DA HISTÓRIA” (Js 10).

Logo conheci um presbítero (o João Batista da Silva) muito inteligente, com quem me habituei a memorizar versículos e, consequentemente, a ordem dos 66 livros dispostos na Bíblia Sagrada. Aquilo me ajudou muito; pois, embora contasse milhares de números desde seis anos de idade, a escola secular me parecia um sonho impossível, haja vista que não possuía nem certidão de nascimento, que na época, só era gratuita para recém-nascido, cuja família deveria registrar ‘queixa’ (numa delegacia qualquer), por haver gerado mais um pobre, e, só após conseguir um atestado de pobreza poderia usufruir daquele benefício, claramente garantido na Lei 10.060/50.

Após dois anos, descobri que minha professora naquela escola dominical (Geralda Bicuda), era também, professora secular (alfabetizadora). Fui à sua residência com minha mãe (dona Joana Demétrio da Silva/81). Sabedora de que Deus me havia presenteado com uma memória rara e, coincidindo nossa visita com o horário de suas aulas, numa ‘salinha’ improvisada na modesta fazenda de seus pais, a irmã Geralda me deixou assistir os últimos 00:30 min da aula. Foi o suficiente para eu aprender a ler e até a escrever várias palavras.

No ano seguinte (1979) eu conheceria outra irmã, supervisora de uma grande escola da cidade de Jaraguá-GO…, ela me deu outras instruções rápidas e práticas que também me auxiliaram muitíssimo no meu doloroso processo de aprendizado.
No dia 25 de outubro de 1980 fui apresentado ao meu primeiro violão, que um desconhecido e ilustre homem de Deus, presbítero da Assembleia de Deus na L2 (Brasília-DF) teve a bondade de me doar.

Dizem que ninguém nasce sabendo, se isso for verdade, então: Deus me ensinou tocar àquele instrumento pessoalmente, porque logo eu me tornaria um dos músicos mais requisitados de Jaraguá, Goiânia e do resto do estado, para onde viajei às suas várias cidades, chegando até Redenção-PA, só tocando, cantando e angariando almas para o reino de Deus, junto com o meu amado pastor Hipólito Barbosa Magalhães e o melhor amigo que Deus já me concedeu nesta vida, seu irmão (Iromar Barbosa Magalhães).

E quanto à escola? No biênio 1986/1987, já casado e pai do André, finalmente eu conseguiria minha primeira matrícula de verdade, onde fiz o primário (todo) em pouco mais de um semestre. Ah! Com média 10 em todas as disciplinas.
Naquele mesmo ano eu me tornaria o DEMÉTRIO’S ALFAIATE (renomado no sul goiano até hoje). Não fosse o ter sido apunhalado pelas costas no dia 16/12/1988 por minha própria companheira (da época), a mãe dos meus filhos (André e Tiago), eu diria que fora só ‘sorrisos’ e vitória sobre vitória.

Em 1994 o Brasil elegeu ‘um tal’ de FHC. Esse melhor que todos os outros que o antecederam, muito fez pela educação deste povo sofrido e politicamente abandonado. Em seu bom governo, finalmente tive à chance de fazer um exame supletivo e eliminar às matérias do ensino fundamental (1999).

• Contrariando todas as estatísticas;
• Vencendo o preconceito contra àqueles que jamais foram sequer designados como gente, por serem pobres e ou pretos demais;
• Após servir como preposto do Dr Eárli José de Oliveira (CN Advocacia) de 04/03 a 04/11/2008 e, descobrir quanta aptidão eu (também) possuo para o direito;
• Se Deus quiser, concluo o ensino médio ao final deste 1º semestre de 2010, presto vestibular e prossigo. QUEM SABE O STF NÃO GANHA UM SEGUNDO MINISTRO AFRO-DESCENDENTE!

A propósito: Deus realmente: “exalta os humildes” (Lc 18.14).
Caldas Novas, GO — segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010.

Antonio Demétrio da Silva.

COMENTÁRIO INFELIZ

É lamentável que o MEC admita em seu quadro na TVE que um senhor (já idoso), supostamente sábio…, fale tão mal da teologia (sem conhecê-la/evidentemente) e, consequentemente, da religião. Como se nada significassem.
Se religião e teologia nada fossem não haveria neste País: a religião oficial (da maioria), o quadro Sagrado (REDE GLOBO), a divulgação de uma ou duas delas nas escolas seculares patrocinadas pelo MEC, etc. e etc.
Tal elemento a despeito de nos mostrar naquele programa — anterior — que acabou de acabar (diriam os ‘cacetas’), à importância da pessoa e das obras literárias de Galileu…, contudo, mostrou-se tendencioso, preconceituoso e ignorante.
Eu sou Antonio Demétrio da Silva (42) brasileiro, nascido aos quatorze (14) de julho (07) de um mil novecentos e sessenta e sete (1967) e estudo à SANTA E INFALÍVEL TEOLOGIA (da qual sou também professor) há 34 anos…, e, atualmente, estou de volta à escola secular, de onde não mais pretendo sair…
Se eu tiver o direito de alvitrar, sugiro que: QUANDO OS TEMAS ABORDADOS ESTIVEREM VINCULADOS À EDUCAÇÃO, ENTÃO, O MEC É A PALAVRA FINAL E DEFINITIVA; no entanto, PARA OS DEBATES VINCULADOS A TEMAS QUE ENVOLVAM OS DOMÍNIOS DA TEOLOGIA, QUE TAL CHAMAR UM TEÓLOGO? Só para o caso de alguns de nós desejarmos fazer uso do nosso direito (constitucional) de responder no mesmo veículo. O Livro de Deus é um livro sério e não está sujeito aos tubos de ensaios dos laboratórios de quaisquer cientistas que desejem questioná-lo!
Não por acaso, deixem-me fazer minhas as sábias palavras de Albert Einstein, que supostamente disse:
— “A religião sem a ciência é cega, mas a ciência sem a religião é paralítica!”.

Caldas Novas, GO (quarta-feira), 28 de janeiro de 2010.

Atenciosamente,
Antonio Demétrio da Silva.

Êxodo Capítulo 31

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